Pronto Falei

Equilíbrio

Acredito que alcançar equilíbrio em todos os aspectos da vida seja o maior desafio do ser humano. Digo isso não só por experiência própria mas também por aquilo que ando lendo por aí.

Há exatos seis meses resolvi procurar uma nutricionista para me ajudar a perder peso. Eu já malhava e por mais que abdicasse de algumas guloseimas não via o ponteiro da balança diminuir, então indicada pela minha ginecologista que concluiu que eu tinha também alguns distúrbios hormonais, procurei a nutricionista também porque eu preferi fazer  um tratamento mais natural a me entupir de remédios.

Sendo assim, além da estética estava também em questão a minha saúde. Já tinha um tempo que eu estava acima do peso, houve alguns motivos para isso além dos hormônios e da preguiça, sou uma pessoa muito ansiosa e durante um certo tempo da minha vida sofri de ansiedade e por isso também atacava os doces. Mas mesmo assim, apesar de gostar de comer besteiras sempre tive hábitos alimentares saudáveis como comer uma variedade enorme legumes, verdura e frutas. Minha nutricionista não teve problemas com essa parte da minha dieta, por isso, mudando alguns erros que eu cometia na minha alimentação, consegui perder exatos 10 kg!

No entanto, uma das coisas que estavam bem certas na minha cabeça era que eu não queria me tornar radical com a dieta, até porque não tinha pressa para emagrecer. Lembro bem das minhas palavras no primeiro dia de consulta, falei pra ela que não queria sair levando potes de comida pra todos os lugares, nem deixar de comer pra sempre as coisas que eu gostava e ela me apoiou até porque ela mesma não fazia essa linha. Afinal, eu disse pra ela, comer além prazer, é também um ato social social e eu sempre achei a coisa mais horrível sentar num bar com alguém e a pessoa tirar uma quentinha fedorenta de ovo e batata doce!

É claro que no começo eu abri mão de sair, não dá pra sentar no bar e pedir uma salada em quanto todos bebem chopp e comem batata frita. Mas depois aos poucos fui me permitindo voltar a comer as coisas que sempre gostei porém com moderação. Ocorreram algumas mudanças no meu organismo, certas coisas que eu gostava muito hoje não gosto tanto, até porque algumas até me fazem mal e aos poucos eu fui mesmo abandonando ou mesmo mudando. O refrigerante, por exemplo, é algo que gosto e sempre gostei, só bebia nos finais de semana, mas a cada refeição do final de semana era uma ou duas latinhas. Minha nutricionista sugeriu que eu bebesse um copo, na hora achei meio difícil mas hoje eu bebo sim como ela sugeriu ou as vezes nem faço mais tanta questão.

Aprendi a fazer compensações, não é preciso abrir mão de tudo, mas se exagero um dia no final de semana, então opto por comer menos no dia seguinte, ou se sei que tenho uma festa no sábado, durante a semana pego bem mais leve. Enfim, é claro que ainda não estou com o corpo perfeito, nem sei se chego perto disto, mas estou feliz em voltar a usar roupas que deixei de usar porque estavam apertadas ou mesmo porque não cabiam mais, é bom se ver no espelho melhor e principalmente mais saudável.

Meu objetivo ainda não foi comprido, até porque hoje não enxergo mais como dieta e sim como hábitos saudáveis, sei que peco pela preguiça com exercícios, mas essa busca será constante na minha vida. Hoje, leio muito sobre nutrição e vejo como é difícil os profissionais concordarem, mas uma das coisas que mais leio são esses exageros com relação a alimentação saudável e ao mau uso de suplementos, coisa que eu mesmo já fiz. Durante seis meses testei cardápios diferentes, experimentei ficar um mês sem nenhum tipo de carne na minha alimentação, testei algumas receitas vegetarianas incluindo a proteína de soja e até gostei. No final voltei a comer carne, mas percebi que carne vermelha me deixa mais pesada, na verdade sempre gostei mais de peixe e frango, e hoje por me conhecer mais, eu diminui bastante o consumo de carne sem me fazer falta.

Não vejo problemas em levar um lanche para o trabalho, escola, mas em um momento de lazer não vejo sentindo, qual o problema em comer pipoca no cinema? Se eu não vou ao cinema toda semana não há problema de abrir para uma exceção! Acho que as pessoas andam exagerando e estão fissuradas em dietas e exercícios, basta ver o numero de blogs sobre esse mesmo assunto! Fico assustada porque muitos levam isso como uma verdade, sem contar que o padrão de beleza se tornou a mulher cheia de músculos com o abdômen bem definido e a galera segue esses perfis sem um acompanhamento de especialista, em busca desse corpo tido como perfeito.

Sinceramente, nem acho esse tipo de mulher bonita, olho pra elas e não vejo mais a delicadeza da mulher mas sim a brutalidade do homem, estranho! Acima de tudo, acredito que o correto é se conhecer e saber que o que funciona pra um nem sempre vai funcionar pra você, pra mim esse tempo o mais importante foi me conhecer e saber o que fazer para não só perder peso mas principalmente em mantê-lo.

Pronto Falei!

 

Preconceito racial

Hoje essa discursão em torno do racismo está cada dia maior, principalmente quando acontecem casos como aquele da torcedora do grêmio. Eu nunca me pronunciei a respeito disso, mas ontem pude ver um vídeo da Dra. Ludmila Cruz que tem um canal no You Tube e nele criticava o novo programa de Miguel Falabella: “Sexo e as negas”. Aliás, esse programa já esta sendo alvo de crítica mesmo antes de estrear, mas mesmo não sendo telespectadora do programa, depois de ver o vídeo eu fiquei com muita vontade de escrever sobre esse tema polêmico.

Segundo a autora do vídeo, ela diz que como mulher e negra não se vê retratada na tv, pois ela não é empregada doméstica, nem dançarina de escola de samba e que seu sexo permanece no âmbito privado.  Pois bem, se o problema está em não ser retratada, eu também posso dizer que não me sinto retratada em nenhuma novela da globo, sou carioca, branca e minha vida em nada se parece com as personagens cariocas que  moram e perambulam nas praias da zona sul. A última personagem da Bruna Marquezine, por exemplo, era uma menina de 19 anos, estudava numa universidade, que ela deixou de lado pra viver os problemas de sua vida amorosa, tinha um carro e um apartamento onde ela foi morar sozinha com uma amiga, sustentada é claro pelos pais, pois na novela ela não tinha tempo nem de estudar, quanto mais trabalhar. Essa situação não é realidade minha e nem de grande parte dos universitários brasileiros, que vivem ou de bolsa, ou de uma pequena mesada ou mesmo se dividem entre trabalhar e estudar.

Mas a autora do vídeo não viu só esse problema, ela viu a associação entre negras e sexos, disse também que as negras só aparecem na tv como empregadas domésticas e dançarinas. Bom, alguém precisa lembra-la que Thais Araújo foi protagonista na novela das 21h onde ela viveu uma modelo mais bem sucedida que a antagonista vivida pela atriz Aline Moraes (que era branca), a mesma Thais Araújo representa hoje uma jornalista na novela das 19h, além dela também teve uma atriz negra na última novela das 21h como professora universitária. Além disso, a linda (e branca) Juliana Paes viveu no seu primeiro papel uma empregada doméstica que dormia com o patrão, no seriado “Toma lá da cá” a empregada da família tinha vindo de Pato Grande, uma cidade no sul do país e era branca e muito branca, ou seja, não são negras todas as empregasdas da tv. Acho que Dra. Ludmila esqueceu de grandes nomes da globo como Camila Pitanga e Glória Maria, esta última inclusive tem privilégios na Globo como escolher as matéria que quer fazer!

Os representantes dessa bandeira afirmam que essas estrelas negras são minoria. Mas a arte tenta imitar a vida de uma forma mais fantasiosa, porém a verdade é que o Brasil é um país desigual e a maior parte da população menos favorecida é representada pelos negros. Sou professora e numa turma de vinte alunos numa escola particular apenas dois são negros, se entrarmos num ensaio de comunidade de escola de samba, não aquele ensaio aberto para público e turistas, mas sim aquele ensaio das alas da comunidade, das passistas, das baianas, o que veremos é que a grande maioria é negra e é isso que a televisão tenta mostrar. Segundo o próprio Miguel Falabela: "preconceito é achar que as negras da favela não devam ser representadas”

Vi alguns comentários abaixo do vídeo da Dr. Ludmila, alguns contra e muitas a favor dela, mas entre os comentários me chamou atenção um que dizia que nos EUA há séries com famílias inteiras negras e aqui no Brasil não, bom eu acredito que seja porque no Brasil prevalece mais a miscigenação e nos EUA isso não é tão comum quanto aqui.

Acho que hoje vivemos o momento do politicamente correto, imagina se as piadas dos “Trapalhoes” com o Mussum fossem hoje? Eles viveriam sendo processados! Não podemos chamar os negros de negros e muito menos de preto, hoje o termo mais correto é “afrodescendente”, como se o problema estivesse na palavra. Não sabemos mais como agir, o próprio “Porta dos Fundos” fez uma sátira sobre esse assunto, o vídeo de cinco minutos mostra o sufoco de um rapaz, vivido por Fábio Porchart, pra indicar o gerente de uma loja, sem utilizar palavras como: preto, gordo, anão...

A ofensa está na entonação e não na palavra, usar a característica como cor ou estatura  de uma pessoa como referência não é a mesma coisa que usar essa mesma característica como ofensa. Vejo uma certa intolerância com relação a esse tema que me dei conta a partir do vídeo de Dra. Ludmila,  achei interessante o que ela disse, mas acho que a bandeira que deve ser levantada não é da negra e sim da mulher,  está na hora  sim de parar com essas programas de humor mas não porque associam negras e sexo mas sim porque associam mulheres e sexo, isso sim já deu!

 

Abaixo deixo os dois links dos vídeos aos quais faço referência no texto. E além destes um outro de Felipe Neto sobre esse mesmo tema.

www.youtube.com/watch?v=yFja8KGPuFM

www.youtube.com/watch?v=S4l2k4OaOFc

www.youtube.com/watch?v=ah8nFtJyPoA

 

 

                                                  Pronto Falei

Facebook

Muito se fala ultimamente sobre o vício no smartphone, é completamente comum ver as pessoas na rua andando e teclando ao mesmo tempo, já li muitas críticas à respeito disso e de certo modo eu também concordo com elas embora confesse ser um pouco viciada no meu Iphone. Até porque uso meu iphone pra tudo: lembretes, previsão do tempo, programação de cinema, compras e claro as redes sociais.

Por isso, hoje resolvi escrever sobre a minha relação com as redes sociais, não pretendo fazer nenhum tipo de manual de etiqueta, isso eu também já li por aí, mas sim apenas refletir um pouco sobre o uso dela. Hoje em dia acho o facebook muito mais chato, mas não sei se foram as pessoas que mudaram seu comportamento e eu achei chato ou se foi a maneira como passei a enxerga-lo que me fez achar chato.

Na verdade, o facebook veio um pouco depois do Orkut, quando eu tinha uns 19 anos usava muito o Orkut, primeiro foi legal achar pessoas que não via há muito tempo, como amigos de escolas, por exemplo, depois passamos a contar nossas vidas através dos álbuns...aí veio o facebook que no começo restringia as fotos, mas com o tempo ele foi se modificando e vamos combinar? O facebook está igualzinho o Orkut! Só não tem aquela parte de depoimentos...

Como todo mundo eu também postava muitos álbuns de fotos de cada experiência vivida, entre o Orkut e o facebook eu tive um relacionamento longo e durante os quase cinco anos de namoro eu postei fotos de viagens, momentos felizes, fotos de beijos e algumas declarações, esta última foi bem pouco porque eu nunca gostei mesmo de declarações amorosas em público, mas de resto eu fiz muito. Quando terminei me vi “obrigada” a tirar todas aquelas fotos além é claro do status “namorando”. Ainda que tenha sido tudo muito tranquilo, eu tinha que tirar aquilo tudo, pois no atual momento, todas aquelas fotos não condiziam com a realidade, nós não estávamos mais juntos!

Foi aí que parei pra pensar no meu comportamento: quando estava tudo “ótimo” eu postei tudo, parecia viver no paraíso amoroso, ainda que não fosse esse “paraíso” 100% do tempo, ou seja, eu estava me “exibindo” e aí quando tudo acabou, eu tive que tirar, tive que dizer pra todos: Oh...acabou, estou solteira! E sabe como me sentir? Exposta! Percebi então a grande diferença entre exibicionismo e exposição e o quanto tudo aquilo era desnecessário.

Mudei aos poucos a minha postura. Hoje, namorando ou não, não posto mais nada a respeito. Não que eu acredite que meu relacionamento anterior tenha acabado por inveja, olho grande ou negatividade, isso existe sim, mas acredito que minha fé vença tudo isso. Na verdade, hoje percebi que me preservar é muito melhor, que não há beneficio nenhum em exibir cada momento feliz que eu viva, seja solteira ou não, posso ser feliz sem postar isso nas redes sociais!

Certa vez li um texto que falava da relação entre frustração e facebook, pois depois das redes sociais, onde as pessoas só postam momentos felizes, temos sempre a impressão de que a vida do outro é sempre melhor que a nossa e isso gera não só uma frustração como também uma competição de quem é mais feliz, rico, bem sucedido, bem amado...e por aí vai. Confesso que depois desse texto passei a desconfiar de toda aquela felicidade que as pessoas costumam mostrar e penso que se elas estão mesmo tão felizes quanto parecem elas perdem um tempão parando pra postar aquilo em vez de continuar curtindo o momento!

Noventa por cento do meu Feed de notícias hoje são atualizações das paginas que curto (e são muitas), os outros dez por cento são atualizações de amigos muito íntimos. Andei fazendo uma limpa no número de amigos, excluí aqueles que não eu tenho contato nenhum e cuja vida pouco me interessa, aqueles que “não posso excluir” mas que são extremamente chatos eu apenas deixei de seguir, não mais me aborrece postagens de animais mortos, doenças, frases de auto ajuda ou de indireta, pois simplesmente elas não aparecem mais no meu feed de notícias!

Sabe o que aconteceu comigo depois disso? Me livre um pouco do vício, me desapeguei, posto quando quero sobre coisas bem genéricas, uma comida que curti, uma paisagem, um livro que li e gostei, um look que estou usando, as vezes uma saída que eu tenha feito, foto com família, mas sem fazer disso uma rotina e assim mesmo posto depois que já vivi, pois no momento que estou vivendo aquilo eu passei a deixar meu celular bem quietinho e só o pego pra tirar foto, atender uma ligação ou responder uma mensagem quando esta for importante.

Sozinha, passo horas vendo os aplicativos que gosto: acompanho os meus blogs favoritos no Bloglovin, curto decoração, moda, animais no Pintrest e entre outras também as atualizações do Instagram e Facebook. E a minha vida pessoal ficou bem guardada, eu me permiti ser feliz apenas na minha intimidade e posso dizer que assim foi muito melhor!

 

                                                      

Pronto Falei

Big Brother Brasil

Desde q surgiram as redes sócias q as pessoas sentem a vontade de manifestar suas opiniões de forma completamente livre, mas uma coisa é dizer o que pensa sobre um programa, uma musica, um cantor...outra coisa é querer ofender quem faz uso das coisas das quais não gosta. Acho q acaba sendo um parodoxo, somos livres pra dizer o quisermos, mas não somos livres pra gostar do que quisermos.

Há criticas com relação a tudo, não gosto de Luan Santana, por exemplo, e outro dia  postei q eu acho ele esquisitinho, mas em nenhum momento ataquei quem gosta ou fiz qualquer tipo de comparação com outro cantor ou mesmo entre o público que gosta de Luan Santana e o público que não gosta , acho esse tipo de coisas desnecessária e sem propósito pois você não vai mudar o gosto musical de ninguém com isso e nem deve querer mudar.

Então como de costume é só começar o ano e juntamentamente as propagandas do Big Brother Brasil que começam também nas redes sociais as milhões de críticas referente à esse programa e principalmente a quem o assiste, vale destacar que as críticas sao até ofensivas em alguns momentos e todo ano é a mesma coisa, inclusive as mesmas charges e comentários.

Não entendo o porquê de tanta postagem contra um programa de tv e principalmente contra quem o assiste. É indiscutível que existe uma grande massa controlada por uma grande emissora, entretanto o BBB é um besteirol como outro qualquer da tv, não há diferença entre ele, o Zorra Total e Grande Família por exemplo, assim também como não é diferente dos besteiróis americanos que fazem muito sucesso aqui no Brasil. Alias se você  que adora os seriados americanos me diz que a função do BBB é alienar, eu te pergunto então, qual a função de “Two and Half man”?

Eu não temo nem um pouco em dizer que assisto sim, quando tenho vontade e não sou menos inteligente por isso, pois dependendo do meu humor ou vontade leio livros de variados assuntos, estudo, vejo filmes, assisto Nat Geo ou History Channel logo não preciso que ninguém me diga para desligar a TV e ler um livro.

Eu poderia até chamar essas pessoas de pseudo intellectuais, mas não vou, pois estaria cometendo o mesmo erro que elas que criticam de forma bastante ofensiva os telespectadores do BBB. Se voce acredita, assim como eu, que o caminho para conscientização é a educação então dê bons exemplos, faça sua parte, tem milhoes de projetos de voluntários em escolas publicas, se o Estado não faz a sua parte em levar pra essas pessoas outro tipo de entretenimento leve você então, contribua com alguma coisa, afinal eu faço a minha parte, sou professora e quando posso levo aos meus alunos coisas q eles talvez nao tenham acesso.

Mas ficar no computador só atacando quem assiste ou jogando palavras fora pra pessoas q assim como eu tem consciência sim e nao vai mudar porque voce nao gosta de BBB, nao adianta nada. Vamos deixar de ser preconceituosos, não sejamos intolerantes! E por último não há diferença nenhuma entre pessoas que gastam 1 hora do seu dia vendo BBB e pessoas que ficam o dia todo no facebook compartilhando frases de auto ajuda!!!! O BBB vê quem quer, quem não quer muda de canal, simples assim....pronto falei!!!!!

A prósito sabe aquele texto compartilhado milhoes de vezes sobre a opinião do Luiz Fernando Verissimo sobre BBB? Então não é dele, clica aqui no link e veja!!!!!

https://www.recantodasletras.com.br/cronicas/2769967?fb_action_ids=425645744170718&fb_action_types=og.recommends&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=288381481237582

E por fim compartilho aqui as palavra do deputado Jean Willis sobre o programa:

“Basta que se iniciem as chamadas do BBB para que o Facebook seja invadido por postagens criticando/atacando o programa, anunciando que não se assistirá ao reality show e/ou ameaçando de exclusão os "amigos" que venham a comentá-lo... Nada mais contraditório! Essas pessoas passam o ano inteiro expondo suas entranhas no Facebook (da foto no espelho da academia às férias em família, passando pelo prato que comem todo dia e seus conflitos pessoais); dando detalhes minuto a minuto de suas ações e se envolvendo em bate-bocas com os "amigos" virtuais pelos motivos mais banais, mas, quando chega janeiro, arvoram-se a detonar o BBB pelo "excesso de intimidade que aquelas pessoas expõem". Ora, excesso de intimidade exposta acontece mesmo é no Facebook, meus caros! O Facebook é que é o verdadeiro Big Brother no sentido pensado por Orwell em "1984": confissão/exposição da intimidade mais úmida para fins de controle social! E não adianta essas pessoas virem com o "argumento" de que "aqueles participantes são estúpidos e não pensam", porque o Facebook está cheio de estupidez e ausência de pensamento. Não adianta "argumentarem" que "aquelas pessoas não lêem um livro nem têm repertório cultural" porque, no Facebook, o assunto que predomina é mesmo o conteúdo da tevê aberta (incluindo os campeonatos de futebol, essa coisa tão edificante!); e quem se ocupa de ficar no Facebook 24 horas não tem tempo de ler livro nem ir ao teatro (se vai, esquece-se de comentar com o mesmo empenho com que fala de si mesmo). Então, pessoas em questão, parem para pensar só um pouquinho: é contraditório para não dizer hipócrita essa patrulha contra o BBB! Quem não curte não comenta e ponto (e respeita quem curte, afinal, BBB é tão entretenimento quanto série americana e campeonato de futebol)! Quando se anuncia muito o desprezo por algo, na verdade, o suposto desprezo mascara o valor que se dá esse algo! É preciso se questionar se o ódio ao BBB não esconde, na verdade, uma inveja das pessoas que tiveram a coragem de se lançar numa experiência que dramatiza a exposição da intimidade diária do Facebook. Fica a dica! Eu leio muito (livros); frequento teatro, cinema e show regularmente; sou parlamentar federal; vou a exposições de artes plásticas; dou aulas e palestras; sou noveleiro confesso; gosto de reality show e não encho o saco de ninguém com patrulhas inúteis e hipócritas! É possível ser muitos e gostar de muitas coisas!”

 

 

 

 

 

Pronto Falei

E o tão falado e esperado beijo gay

Não são todas as novelas que assisto, principalmente quando estou com uma rotina bastante atarefada, não abro mão de assistir novelas de alguns autores dos quais sou fã, como Manoel Carlos e Gloria Perez, porém como nos últimos meses minha rotina esteve bem tranquila acabei acompanhando “Amor à Vida”, que essa semana chegou ao fim e o destaque ficou para o Felix e seu romance tão esperado com o Niko.

Sabe que fiquei muito feliz com essa história. Sabemos o quanto as novelas são populares aqui no Brasil e como elas influenciam no dia a dia do povo em varias sentidos.  Achei genial como o autor conseguiu fazer com que simplesmente o povo ficasse com raiva da Amarilys por ter “roubado” o Eron do Niko, é claro que o mérito também é do Thiago Fragoso que fez perfeitamente um gay delicado, sensível sem ser caricato. Assim como o Matheus Solano com o Felix que foi sensacional tantos nas cenas de irreverência quanto nas cenas de drama.

Mas onde quero chegar com tudo isso? Bom primeiro o público esperou o beijo gay e mais do que isso esperou aceitando e em um momento em que ferve as discussões relacionadas aos homossexuais e seus direitos, ainda que não seja por acaso, dessa vez a historia foi bem sucedida porque foi aceita. E é só isso que temos que fazer, aceitar, pq homossexualidade (-ismo não pq não é doença) existe, sempre existiu e sempre vai existir. Não sei qual a explicação, se é quem, mas não interessa porque as pessoas tem que viver do jeito que quiserem.

Certas coisas me entristecem e me revoltam como quando vejo alguns jovens (na maioria homens) falando mal e torcendo para que o beijo não acontecesse, e com comentários do tipo:; “casal de viado adotando crianças...estão acabando com a família pai, mãe e filhos” ; “O que vc vai dizer pra uma criança de 7 anos vendo dois homens se beijando na novela?” e “Tá cheio de viado  agora” Eu faço questão sempre de responder a essas perguntas:

Estão acabando com a família pai, mãe e filhos? Pra mim família é amor e um casal de gay às vezes tem mais amor do que muitas famílias com casais heteros que não vivem bem há muito tempo como casal mas que não se separam por motivos financeiros, religiosos ou mesmo comodidade. Uma família é formada por amor sem regras rígidas, ou mãe solteira com seus filhos não é uma família? Não interessa como uma família é formada o importante é que tenha amor, só isso.

Novela das 21h não para crianças de 7 anos, não gostaria que meu filho assistisse a cenas tão violentas quanto aquela em que a personagem Aline esfaqueia o Ninho ou mesmo aquela em q é eletrocutada. Mas tudo bem, vamos trabalhar com a ideia de uma criança estar assistindo à novela e presenciar o beijo gay. O que vou dizer? Vou dizer isso mesmo, dois homens que se amam e tenho certeza absoluta que não é isso que vai definir a sexualidade do meu filho, pois pra quem já teve amigos gays sabe que eles nascem assim, porque simplesmente a opção do sexo oposto não existe, eles não fazem por opção são assim e pronto. Até porque se fosse por influência não existiria homossexual uma vez que todos eles nasceram de um casal hetero.

E você esta achando que o numero de homossexuais aumentou? Não aumentou não, se você tem visto mais por aí é porque agora eles sentem mais a vontade e não se preocupam em se esconder tanto quanto antes.  A sociedade tem que aceitar, é melhor que eles se mostrem mesmo pra parar com essas imposições, homens que casam com mulheres pra agradar a família e passam a vida se escondendo sendo infelizes e deixando as suas esposas infelizes também.

Esses dias mesmo eu estava assistindo Sex and teh City II (o filme) e observei um dialogo entre a personagem principal e seu marido, onde os dois discutiam a ideia sugerida pelo marido de terem dois dias de folga do casamento, só pra ficarem sozinhos em outro apartamento. Tirar esses dois dias pra fazer coisas que o outro não gosta tanto, como dormir com a tv ligada, escrever até tarde, enfim não era nada de traição mas curtir um momento, um espaço sozinho.

Pois na sequencia anterior, ela havia dormido dois dias em seu antigo apartamento pois precisava se concentrar para escrever um artigo e após dois dias curtindo seu momento sozinha, seu marido a chamou para jantar e a buscou no antigo apartamento. Eles tiveram um jantar e uma noite maravilhosa onde conseguiram sair da rotina. Enfim ele sugeriu que os dois criassem suas próprias regras e eu particularmente achei o máximo a ideia, mas a personagem ficou em duvidas quanto a isso e comentou com sua amiga que claro não entendeu e achou um horror aquela ideia e em um momento de reflexão ela pensou: “Será que uma pessoa de fora pode entender a minha relação?”

Não! Não pode, mas é isso que acontece o tempo todo. A sociedade estipula regras e cria expectativas, quando um casal casa, por exemplo, parece uma obrigação civil a vinda dos filhos, como se só com os filhos eles pudessem ser felizes e eu acredito que é possível um casal sem filhos ser feliz, mas não é tão simples como deveria, e é por isso que tem tanta criança sofrendo com ausência de pais que deixam os filhos a semana toda com babas ou mesmo cercado de atividades pra suprir a falta de paciência e vocação de alguns pais.

Em suma sou a favor de quebrar barreiras, regras e de ir contra a maioria, de que cada um viva do jeito que quiser. Um beijo de língua não é agradável de se ver, ou seja não precisamos de um beijo maior do que aquele dado por Felix e Niko, mas acho sim que os casais homossexuais tem que andar mesmo  de mãos dadas na frente de todo mundo de cabeça erguida, sem mais disfarçar e impondo mesmo a presença deles. Já fazemos tantas coisas porque a nossa sociedade impõe que, ou lutamos pra vivermos do nosso jeito ou então sofreremos sempre por não fazermos o que desejamos.

 

 

 

Por fim não podia deixar de falar sobre a cena final da novela que ocorreu entre o Felix e o seu pai Cesar, foi linda e deixou uma mensagem que levo sempre pra minha vida: O amor é maior que tudo! Por isso deixo aqui a mensagem que amiga Juliana Figueredo compartilhou e eu achei perfeita: “Por meio do ódio não se conquista ninguém”

 

 

Pronto falei

A ditadura da moda

Eu estava pesquisando sobre a infinidade de modelos de calça que ando vendo por aí e também preparando um post sobre as saias mídis quando me deparei com varias crítica tanto com relação à saia midi quanto em relação a outras inovações, vale destacar que as crítica eram um tanto bravas até, mas em meio a essas críticas me deparei também com uma expressão: A moda esta cada vez mais democrática. Eu parei tudo o que estava fazendo pra pensar a respeito disso, pois em meio a tantos palpites e opiniões meio desaforadas, aquilo estava mais para uma ditadura, onde aquela q saísse do padrão era alvo de no mínimo crítica, do que democracia, onde cada um faz a escolha que mais lhe agradar.

Afinal de que forma essa expressão se encaixa pra nós, pessoas normais que vivemos fora das passarelas e holofotes? Olhando as últimas fotos e comentários das blogueiras sobre semana de moda do Rio, São Paulo, Nova York, Paris e Milão, percebi, mesmo sem entender completamente do assunto, que as tendências se baseiam (resumidamente) em texturas e estampas, pois os cortes são cada vez mais variados e tem pra todo gosto: saia longa, saia curta, saia midi, barriga de fora, vestido justo, cintura alta, macacão, jardineira, short...ou seja, não tem nada de ditadura, temos mil e uma opções pra nos deixarmos mais bonitas, basta encontrar o melhor modelo que nos valorize.

Entretanto não é isso que vejo nas ruas, muito pelo contrário, nas ruas o que impera é uma ditadura do que é mais aceitável ou não, ou seja, esta na verdade não é ditadura da moda mas sim uma ditatura da sociedade, pois é ela que estabelece que uma coisa é feia, bonita, ou que uma roupa é estranha, chamativa, ou seja, é a sociedade que define o que devemos usar ou não usar.

Não estou falando aqui de situações onde as pessoas usam roupas inapropriadas para certas ocasiões, como ir trabalhar com o decote enorme ou uma mini saia, por exemplo. Estou me referindo a situações em as pessoas saem um pouco do padrão, procurando inovar nos acessórios ou mesmo nos modelos, pois quando isso acontece normalmente a pessoa é alvo de olhares e críticas que normalmente se baseiam em duas concepções: ou a pessoa quer chamar atenção ou ela é fútil, patricinha, madame q adora moda e afins. Digo isso por experiência própria, pois muitas vezes não me sinto a vontade para usar o que eu realmente gostaria, acabo optando pelo padrão justamente pra evitar certos tipos de comentários.

Um exemplo pratico é a calça jeans, eu detesto calça jeans, por vários motivos tanto estéticos quanto operacionais. Ela geralmente tem um tecido mais duro que me prende os movimentos, acho pouco feminina e dependendo da blusa que se usa tem a velha preocupação com o famoso “cofrinho”, além disso, não é todo modelo de calça jeans que fica bem no meu tipo de corpo, algumas pessoas não se preocupam com isso, mas eu me preocupo sim e sei o que fica bem ou não em mim. Enfim não gosto, não acho confortável e particularmente prefiro roupas mais confortáveis pra passar o dia, mas tenho q admitir ser uma peça muito útil no armário de qualquer mulher, por isso penso, pesquiso e experimento muito antes de comprar uma.

Então eu evito muito a calça jeans no meu dia-a-dia, como substituta se eu pudesse usaria sempre as pantalonas de tecido mole, vivo usando uma preta de malha que combinando com acessórios corretos, ela pode me deixar arrumada para o dia ou para a noite. É o tipo de calça que usada em um escritório no centro estaria perfeita, mas não pra ir a faculdade ou trabalhar na escola, por exemplo,  como é uma peça pouco vista nas ruas acaba passando um ar meio clássico e por isso não posso usa-la sempre como gostaria pois serei alvo de comentários do tipo: - Nooooossa vai aonde assim? Ou  –Olha a roupa dela hoje! E por aí vai...

Outro problema são as roupas de praia, há tanto modelos de biquínis pra se escolher, mas a brasileira tem espírito de índio, quanto mais pelada menor independente de estar fit ou não. Em minha opinião os biquínis pequenos são para as mulheres que estão com tudo em cima, mas sei que nem todo mundo pensa assim. De qualquer forma acho o maiô super elegante, mas usa-lo significa estar gordinha, mesmo que na realidade não seja essa a função do maiô. O mesmo ocorre com as hotpants, meio retro e por isso mais comportado que os biquínis tradicionais, não agradaram muito por aqui.

Mas eu amei as hotpants e a meu ver ele deixa o corpo mais bonito justamente porque marca a cintura, mas vai eu usar um desses na praia.... Não tenho coragem há tantas críticas que me conformo em usar os biquínis tradicionais mesmo para evita-las. Costumam dizer q esse modelo de biquíni é horrível e, além disso, deixa uma marca enorme. Em relação as marca eu poderia dar milhões de soluções, mas a verdade é que eu mesma não me preocupo com isso, alias pelo contrario me preocupo muito com o bronzeamento, sol envelhece por isso protetor solar sempre em qualquer q seja o modelo.

Eu sei que não deveria me importar tanto com esse tipo de coisa, que nesses casos que citei são bem pequenas, mas que acontecem sempre principalmente com pessoas q fogem totalmente desse padrão e q mesmo sendo desimportante é muito desagradável conviver com isso. Confesso que tenho tentado ser cada vez mais fiel ao meu estilo e principalmente a minha vontade. Mas a verdade é que em certos momentos me sinto “proibida” de usar aquilo q eu realmente gosto e pior obrigada a usar aquilo que as pessoas acreditam ser o “normal”.

Se alguma peça cair no gosto popular então vira um terror, pra não errar em tentar ser diferente acaba todo mundo usando a mesma coisa. Certa vez ouvi de um rapaz na porta de uma boate que todas as meninas q estavam na fila pareciam estar de uniforme, é muito interessante observar a percepção de um homem que pouco liga pra isso, mas se fizer esse teste e sair por aí perguntando sobre isso aos meninos, tenho certeza q eles dirão a msm coisa, basta lembrar a febre das calças listradas preto e branco para entender sobre o que ele estava se referindo.

O mesmo acontece com os vestidos de noivas, raramente consigo ver nos casamentos um modelo de vestido de noiva que não seja o tomara-que-caia, pode até variar nas transparências, tecidos, a saia, mas o decote é sempre o mesmo: tomara-que-caia. Tudo bem elas gostarem desse modelo, é fresquinho para o nosso clima, mas há tantos outros modelos e mesmo assim as pessoas preferem ficar na zona de estabilidade a tentar inovar na possibilidade de outros modelos.

Muitas vezes moda é arte, mas ela está aí pra ser usada a nossa favor, tudo bem eu sei q a culpa dessa ditadura também é da própria indústria da moda que reproduz em larga escala uma determinada peça ou tendência, por outro lado também as pessoas saem consumido tudo sem nem ao menos avaliar ou tentar adaptar à sua forma e estilo. Entre tantas opções possíveis a maioria resiste ao novo, por isso q aquela que se recusa a ficar igual a todo mundo acaba por se destacar e em seguida ser alvo de críticas. Dessa forma a moda acaba sendo uma ditadura mesmo criada pela própria sociedade e toda aquela democracia fica apenas para as celebridades e modelos que usam e abusam das tendências lançadas nas passarelas como se só elas pudessem usar e a abusar da moda.

 

 

Pronto falei

Família

Família é um paradoxo, pois ao mesmo tempo que é a melhor coisa do mundo é também onde ocorre os grande conflitos, quem nunca ouviu alguém falando mal ou mesmo reclamando de pessoas da família?  Graças a Deus nunca tive grandes problemas com meus pais e minha irmã. É claro que temos problemas do cotidiano, problemas que se não morássemos na mesma casa não teríamos, mas somos muito unidos e espero sempre conseguir manter a união que sempre houve entre nós quatro.

Mas como toda família tem um problema, na minha não seria diferente. Meus avós por parte de mãe vieram de Portugal, se conheceram aqui no Brasil e tiveram dois filhos, minha mãe e meu tio. Minha mãe casou e teve duas meninas, meu tio também se casou e teve dois meninos. Meu tio e minha mãe sempre foram muito próximos, portanto nada mais natural que as duas famílias que se formaram também se tornassem muito próximas.

Sendo assim, como uma escadinha de crianças eu cresci convivendo com meus primos. Minha referência de infância conta com a presença deles em quase todos os momentos de alegria: nas brincadeiras na garagem da casa do nosso avô, nas festas de aniversário, passeios nos parques de diversão, domingos no Aterro do Flamengo, praias, pescaria e viagens à casa do nosso bisavô. É com eles também que tenho a lembrança mais triste da minha infância: a perda da nossa avó sentida até hoje por todos nós.

Hoje estamos com quase trinta anos, mas a verdade é que durante esse tempo todo sempre convivemos com muitos afastamentos ocasionados pelos desentendimentos entre os “adultos” e a reaproximações que duravam até o próximo desentendimento. É uma história longa escrita por personagens que não são nem vilões nem vítimas, mas por pessoas que estão crescendo, vivendo e aprendendo a lidar com diversas mudanças, sentimentos e situações da vida.

Como de costume, há três anos houve outro desentendimento e mais uma vez nos afastamos. Foram três anos que não fizemos partes da vida uns dos outros, perdemos momentos importantes, como nascimento da filha do meu primo, assim como sentimos a falta da presença deles em festas e nas formaturas minha e da minha irmã.

Não somos mais crianças e sim adultos, não mais dependentes das ações dos nossos pais, e então porque deixamos que isso mais uma vez acontecesse? E depois de três anos eu achei a resposta: simplesmente porque, assim como nossos pais, também estamos aprendendo a lidar com diversas mudanças, sentimentos e situações da vida.

E conforme o tempo passa a gente amadurece, mas de onde vem esse amadurecimento? A grande maioria diz que vem das experiências da vida, principalmente as negativas, mas hoje me dei conta que o amadurecimento na verdade vem do conhecimento que fazemos sobre nós mesmos. Parece meio esquisito dizer isso, mas tenho muita vontade de fazer terapia e me conhecer cada vez mais, pois só quando a gente se conhece de verdade é que sabemos o que é bom ou ruim pra nós e é também quando podemos reconhecer nossos erros.

Foi assim que percebi depois de tantas reflexões que entre nós todos não faltava amor, muito pelo contrário, era tanto amor que sobrou ciúmes. Percebi que grande parte dos motivos que fizeram nos afastar foi justamente o ciúmes que todos nós sentimos uns pelos outros em várias situações.

Consegui perceber meus erros, reconhecer esse sentimento em mim e pude então consertar tudo isso, ligando para meus primos e propondo uma reunião de esclarecimento com a presença somente dos quatro primos. E assim como crianças, que um dia fomos, planejamos uma operação de reaproximação com a outra parte: nossos pais! Durante uma semana, nos falamos e ficamos na expectativa do tão esperado encontro. E ele aconteceu da melhor forma que podia acontecer, festejando o segundo aniversário da mais nova integrante da família, a Duda, filha do meu primo.

A partir daí não é mais possível descrever os sorrisos de felicidade dos meus pais, meus tios e primos e até as lágrimas do meu avô por nos ver todos juntos mais uma vez. Esses dias ouvi que a vida é longa demais pra alguma coisa ser definitiva. Concordo, é por isso que sei que agora outros desafios virão, a família crescerá e teremos que aprender a lidar com tudo isso, e com aquele que considero ser o maior desafio de todos: entender que as pessoas são diferentes e que temos que não só respeitar, mas também aprender a lidar com elas.  

É esse o motivo do meu post de hoje, a felicidade que todos nós sentimos ao nos encontrarmos e nos reaproximarmos. Não podemos voltar atrás do que foi perdido, mas podemos olhar pra frente e tentar não mais repetir os nossos erros. O desafio agora é manter a paz e o aprendizado disso tudo.

Meu primo Renato, eu, nosso avô, meu primo Serginho e minha irmã Karine.

 

 

Sobre sapatos

Quem me conhece sabe que sou vaidosa e adoro saber tudo que ta se usando por aí. Adoro comprar roupas e bolsas mas sou uma exceção entre a maioria das mulheres: Não sou apaixonada por sapatos! E mais do que isso, sou quase um homenzinho nesse quesito pois além de não amar sapatos, detesto usar salto alto. Então aproveitando o post da semana passada sobre os bikerboot vou falar sobre a minha relação com os calçados femininos.

Dificilmente vocês irão ver, nos meus looks, sapatos de salto ou mesmo fashion, não curto e tenho poucos sapatos, apenas duas prateleiras com sapatos básicos que combinam com tudo. É claro que fico me atualizando sobre eles, tanto que tenho um sneakers e um bikerboot, este último então achei perfeito, não sabia que as roqueiras estavam tão confortáveis com eles.

Durante muito tempo usei saltos, lembro-me bem do sofrimento que era ir p/ night com cada scarpin lindo, mas que esmagava e estraçalhava meus pés, eu não tenho a capacidade que a maioria das mulheres tem de ignorar as dores nos pés, então eu sofria tanto que não conseguia curti a noite toda por causa deles.

Além disso, tem um outro fator que me faz detestar os saltos: sou desastrada! Não sei andar direito com eles, tenho medo de cair ou torcer o pé. Quando tenho que usar um salto opto pelos sapatos com salto fino. Apesar da maioria considerar a plataforma mais confortável, eu não me sinto segura com elas porque não sinto o chão.

Hoje me libertei. Quando depois de uma night com meu namorado, ele me viu tirando os sapatos ao entrar no carro e logo soltar um suspiro de alivio, ele me disse que se eu usava aqueles sapatos para ficar mais bonita pra ele então não precisava, ele disse que preferia me ver de tênis a me ver sofrendo por causa dos saltos, desde então deixei de usa-los e se tivesse um clima de mais friozinho não tiraria as botas dos pés, mas como isso não é possível me rendi de vez às sapatilhas, tênis e rasteirinha.

Os calçados femininos são desconfortáveis por natureza, mesmo uma sapatilha tem que ser comprada em lojas boas ou de marcas com ótima qualidade pois senão elas machucam e muito! Com os homens isso raramente acontece, seus calçados são todos acolchoados e anatômicos.

Hoje só uso salto quando realmente não posso evita-los, tipo casamentos, formaturas, ou quando acordo com vontade de usa-los, o que é bem raro. Então assim como nas minhas roupas eu também opto pelo conforto nos calçados pois não sou adepta daquela máxima: “Mulher tem que sofrer para ficar bonita!” Não concordo com isso, podemos evitar o sofrimento sim.

 

Pronto falei

 

O meu direito acaba onde o do outro começa

O meu direito acaba onde o do outro começa. Lembro-me bem que aprendi isso quando ainda estava no primário e nunca mais esqueci, aliás, as professoras primárias têm um papel fundamental na construção de pessoas cidadãs, apesar de muitos não perceberem isso. Mas hoje fico me perguntando duas coisas: se ainda ensinam isso nas escolas ou se até ensinam, mas a grande maioria dos alunos esquece como esquece qualquer outro conteúdo. Sim porquê, eu fico extremamente revoltada e estressada, com a falta de noção das pessoas com as quais convivo no dia-a-dia.

Há poucos dias fui ao show da Sandy no Vivo Rio com minha irmã, nós sempre vamos aos shows dela aqui no Rio. Bom o espaço era organizado por mesas e cadeiras, logo assistiremos todos, ao show, sentados. E era para funcionar bem assim igual cinema, até porque não era nem um show tipo dançante nem mesmo de Rock. Pois bem, mas eu, não sei como ainda me surpreendo, fiquei chocada com a falta de educação de uma grande parte do público.

Primeiro uma menina na mesa da frente resolveu assistir ao show em vez de sentada mas de joelho, claro que dessa forma ela tinha uma visão melhor do palco, mas será que não passou pela cabeça dela que ela estava atrapalhando a visão da coleguinha da mesa de traz (minha irmã)? E precisou que nós pedíssemos para ela sentar. Isso sem contar os inúmeros gritos de “Eu te amo”, “você é linda” até mesmo no meio das músicas e eu me pergunto mais uma vez: - As pessoas veem ao show pra escutas as musicas mesmo? Sim porque não parece....e sei que isso ocorre sempre em qualquer show.

Depois ao final do show, naquele serviço de valet, formavam – se duas fileiras de carro onde os rapazes que traziam o carro paravam ali para o motorista assumir a direção e sair, coisa bem rápida mesmo pois outros carros também estavam chegando. Havia então um carro na frente do meu e eu aguardava pacientemente que ele saísse para q eu saísse e sucessivamente os outros atrás do meu também, mas ele não saiu e foi quando percebi que era um senhor que havia saído um pouco antes do show acabar e estava esperando suas acompanhantes saírem da casa. Pergunto-me mais uma vez: Por que ele estava esperando na passagem em frente a porta de saída atrapalhando a partida dos outros carros? Definitivamente não consigo entender, ele simplesmente prendeu uma fila atrás dele e ignorou totalmente as buzinas e piscadas de farol....

Eu acho mais surpreendente que essas pessoas sabem que estão incomodando mas não se importam nem um pouco. Um outro dia quando estava no cinema com minha família também me revoltei com uma mulher sentada atrás da minha poltrona que a cada cena surpreendente em uma batalha ela dava gritinhos e se manifestava de forma escandalosa, eu olhei pra ela algumas vezes mas ela ignorou totalmente os meu olhares de reprovação e continuou com seus gritinhos e apertando as mãos das amigas que estavam do lado. É por essas e outras que há serviços como o UCI DELUX, que de uma certa forma te isola para garantir seu direito de assistir ao filme sem ser incomodado.

Não acho que eu seja chata, estressada demais ou diferente, só espero que as pessoas vivam sabendo que há outras pessoas com os mesmos direitos que elas vivendo a sua volta. O meu direito acaba onde o do outro começa, será tão difícil assim colocar essa lição em prática?