Olá,

Hoje trouxe uma música, antiga, mais que é para sempre, clássica e linda dos Beatles! Resolvi postar a música porque na verdade ainda estou nas leituras do Harry Potter, terminei o quarto livro e estou começando o quinto agora e paralelamente estou lendo mais dois!!! Então assim que finalizar posto os comentários à respeito desses dois livros e para finalizar sobre o Harry Potter posto também algumas partes marcantes.

Vamos à música?

 

In my life

There are places I remember
All my life, though some have changed
Some forever not for better
Some have gone and some remain

All these places had their moments
With lovers and friends
I still can recall
Some are dead and some are living
In my life I've loved them all

But of all these friends and lovers
There is no one compares with you
And these memories lose their meaning
When I think of love as something new

Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before
I know I'll often stop and think about them
In my life I love you more

Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before
I know I'll often stop and think about them
In my life I love you more
In my life I love you more

 



 

Harry Potter

Harry Potter foi lançado em 97, mas na verdade ele nunca fez parte da minha adolescência, na época eu até ouvia falar dele mas pouco me interessei, até porque nessa época de adolescência eu lia muito pouco. Meu interesse pela leitura foi começando depois dos 18 anos.

Sendo assim, também nunca havia visto os filmes, até lançarem “Harry Potter e as relíquias da morte parte um” baseado no último livro de Harry Potter. Fui para cinema apenas para acompanhar, não sabia exatamente nada de Harry Potter, mas fui de boa vontade e saí de lá simplesmente apaixonada. Peguei todos os outros filmes e tirei um dia para ver todos, eu amei!!!!!

Fiz o caminho contrário, comecei pelos filmes e eu detesto ver o filme antes de ler o livro, mas nesse caso aconteceu e eu fui assistir ao último filme, “Harry Potter e as relíquias da morte parte dois” muito empolgada. Pois bem, decidi então esperar passar bastante tempo para esquecer um pouco a história, por isso não vi mais os filmes de novo depois disso, para depois fazer leitura. O mais legal foi a coincidência, pois comecei justamente no dia 1° de setembro, que para quem é fã sabe que nesse dia é a data de embarque para Hogowarts.

Normalmente eu leio o livro antes do filme, pois gosto de imaginar os personagens e o cenário para depois comparar com o que foi feito no cinema, entretanto, dessa vez não foi tão ruim assim ver o filme antes, pois é mais fácil imaginar os personagens e principalmente os efeitos das mágicas, o lado negativo mesmo ficou por conta de lembrar alguns detalhes da história e saber o final, o elemento surpresa dessa vez foi desprezado.

Nesse momento, eu acabei de ler o terceiro livro, eu li em exatos 3 dias cada um deles, teria terminado antes se não tivesse parado para fazer outras coisas e é claro que o livro é melhor que o filme pois ele conta com mais detalhes, principalmente as relações entre os personagens, suas características e até alguns ensinamentos. Fico encantada com a criatividade da autora não para imaginar tantas magias, mas também pela capacidade de juntar tantos seres mitológicos e ainda criar alguns, é simplesmente fantástico!

Hoje eu sou completamente fã de Harry Potter, mas sou suspeita, adoro histórias fantasiosas, sou apaixonada por vampiros, lembram? Algumas pessoas tem um olhar meio torto quando digo que estou lendo Harry Potter por achar uma leitura infantil. Mas Harry Potter é para quem tem imaginação, fantasia, se isso é ser infantil, então ta?!

Mas dos três livros que li até o momento, destaquei os diálogos entre Harry Potter e professor Dumbledore, diálogos esses que podem ser trazidos totalmente para o mundo real. E uma passagem sobre a explicação do bicho papão numa aula de Defesas contra as artes das trevas dada pelo professor Lupin. Depois de separar essas passagens, coloquei no google “Dumbledore frases” e achei essas e outras que estão nos livros seguinte. Eu só sei que não tenho vontade de parar de ler, depois da leitura eu me sinto íntima de Harry, Hermione e Rony e quando acabo aparece a vontade de ler tudo de novo, é mágico, fascinante, envolvente, é realmente muito bom. Espero poder escrever mais sobre Harry Potter quando eu terminar os outros quatro livros.

 

Leitura do mês

O Melhor de mim ( Não tem spoiler)

Estava “doida” para contar aqui as minhas últimas leituras, pois eu resolvi ler o Harry Potter, mas antes de contar sobre o que eu achei sobre o primeiro e segundo livro, os quais eu terminei de ler em uma semana, decidi escrever primeiro sobre O melhor de mim.

Eu não sou muito fã desses livros que fazem a gente chorar, mas NIckolas Sparks é famoso por escrever histórias românticas e na maioria até tristes, já tinha lido um livro dele antes o Querido John, gostei, mas triste como sempre.

Minha irmã é fã dele e tem uma coleção de livros escritos por ele, então seguindo uma sugestão dela escolhi O melhor de mim, até porque parece que já vai ter filme baseado nele, e como eu sou fã de cinema e não gosto de ver o filme antes de ler o livro, aceitei a sugestão dela.

A leitura me prendeu e li em pouquíssimo tempo, este conta a história de um amor jovem mal resolvido, que terminou quando ambos ainda estavam apaixonados e que depois de 20 anos eles se reencontram e aí que a história se desenrola.

Na verdade, em 1984 o casal vive um amor intenso mas Dawnson embora apaixonado termina com a Amanda acreditando está fazendo o melhor para ela. Ela segue sua vida, casa mas ele permanece sendo um homem solitário vivendo para o trabalho e sua corrida diária, mas na realidade eles nunca se esqueceram um do outro.

Bom, como eu disse, não tem spoiler, por isso não posso contar mais sobre a história, mas essa me tocou sim, pois ela mostra o que é o amor verdadeiro, ele não é egoísta,  em prol da felicidade de Amanda ele abdicou da sua felicidade que ele teria ao lado dela e mesmo depois de 20 anos ele continua fazendo o melhor para ela. Isso me faz questionar se é possível mesmo um amor durar por tanto tempo mesmo estando longe e ainda me faz lembrar também de uma frase que li certa vez em algum lugar e escrevi no meu caderno de pensamento: Um homem só renuncia a uma mulher quando a ama mais do que a ele próprio.

Letras 

Hoje quero compartilhar uma música linda que eu ouvi por acaso esses dias....

 

Unforgettable

Nat King Cole

 

Unforgettable, that's what you are 

Unforgettable though near or far 
Like a song of love that clings to me 
How the thought of you does things to me 
Never before has someone been more 

Unforgettable in every way 
And forever more, that's how you'll stay 
That's why, darling, it's incredible 
That someone so unforgettable 
Thinks that I am unforgettable too 

Unforgettable in every way 
And forever more, that's how you'll stay 
That's why, darling, it's incredible 
That someone so unforgettable 
Thinks that I am unforgettable too 

 

Leitura do mês

 

Nunca diga Adeus
Mês passado terminei um livro que estava lendo há muito tempo, mas muito tempo mesmo, acho q desde ano passado. Esse tempo todo para concluir a leitura se deve ao fato de que eu detestei a história e por isso ele não conseguiu me prender. Enrolei tanto pra acabar pois a leitura custou muito a fluir, aliás não fluiu, eu só me forcei a terminar porque não queria abandonar de vez.
Bom a história se passa nos EUA e conta sobre um sequestro de quatro crianças que estavam saindo para um acampamento de férias, os criminosos exigem 1 milhão de dólares para o resgate, mas começa a surgir suspeitas sobre alguns pais.
O livro promete ser um romance suspense de tirar o folego, mas sinceramente não tira o meu, não tem nada de surpreendente, é chato, cansativo e a história não rende. Eu não gosto muito desse tipo de leitura, mas pra quem gosta tenho certeza de que há outros romances mais emocionantes do que este, não recomendo a leitura.

 

 

 

Letras

Hoje estou trazendo a letra de uma das músicas que mais gosto da Sandy. Aliás, sempre que digo que gosto da Sandy ou quando digo que vou ao show dela, e eu não perco nenhum, sempre escuto alguma gracinha ou risadinhas. Não sei o porquê disso, desse preconceito. Cresci ouvindo Sandy & Junior, e assim como todos os fãs que acompanhavam a carreira deles cresceram, eles também, e foram aos poucos mudando seus estilos musicais.

Hoje, Sandy está mais madura e com letras autorais, as músicas dela são tão sentimentais, lindas e me acalmam.

Não me aborreço com essas críticas, mas confesso que me incomoda, primeiro porque não dou opinião sobre o gosto musical de ninguém e segundo que não é pra todo mundo gostar da mesma coisa! Cada um escuta o que quiser, por isso nunca curtir nem compartilhei mensagem fazendo comparações entre Justin Beaber, Luan Santana com Renato Russo e Cazuza, por exemplo. Acho esse tipo de coisa boba...mas enfim, trouxe uma música linda, delicada, romântica e singela. É uma letra que fala de um amor novo, que chegou devagar e foi ganhando espaço, entre pessoas que já viveram tantas coisas...

Será que estou apaixonada????? rs =X

 

Morada

Sandy Leah

Compositor: Sandy Leah, Lucas Lima & Tati Bernardi

 

Como cortar pela raiz se ja deu flor
Como inventar um adeus se ja é amor
Como cortar pela raiz se ja deu flor
Como inventar um adeus se ja é amor

Não quero reescrever as nossas linhas
Que se não fossem tortas não teriam se encontrado
Não quero redescobrir a minha verdade
Se ela me parece tão mais minha quando é nossa

Como cortar pela raiz se ja deu flor
Como inventar um adeus se ja é amor
Como cortar pela raiz se ja deu flor
Como inventar um adeus se ja é amor

Não me deixe preencher com vazios
O espaço que é só teu
Não se encante em outro canto 
Se aqui comigo você ja fez morada
 

 

Boa Leitura

Uma Noite no Chateau Mormont

A litura desse mês foi o romance Uma Noite no Chateau Marmont cuja autora é a mesma do Diabo Veste Prada, Lauren Weisberge.

O romance conta a história de Julian, um músico sem sucesso, nascido em NY, cuja família nunca deu muita importância ao seu talento, e Brooke, sua esposa e maior fã, trabalhava em dois emprego para manter os dois em quanto Julian tentava alcançar seus objetivos artísticos. Quando finalmente isso ocontece, eles dois que eram felizes, passaram a sofrer com as mudanças na rotina e as dificuldades de adaptação à nova realidade.

Além disso, eles se veem com a vida exposta, depois que fotos comprometedoras foram parar em uma revista. Brooke que não era artista se vê refém dos paparazzi.  É legal acompanhar a vida do outro lado, saber como é desagradável ter que se esconder, que mesmo tendo uma vida super normal ainda assim é alvo de curiosidades. Sendo assim o romance aborda a crueldade da mídia, que inventa, pergunta e ofende a procura de notícias.

O romance apesar de grande, 600 páginas, é bem interessante, consegui ler em menos de um mês, mas me pareceu uma história água com açúcar, daqueles que se sairiam muito bem como um filme romântico.

Recomendo a leitura, é rápida e divertida porém sem nenhum destaque.

Outros Blogs

Baixei um aplicativo no Iphone que dá acesso aos blogs que você cadastrar como favorito. O nome do aplicativo é Bloglovin', é só você colocar na "busca" o nome do blog que você quer e clicar em seguir que vai aparecer na tela inicial os últimos post desses blogs.

Eu viciei e já tenho tenho vários blogs cadastrados lá, as vezes fico horas lendo dica e mais dicas dos blogs que acompanho.

Resolvi compartilhar com vocês essa dica, aliás, fotonoespelho.com tb pode ser seguido por lá, eu sigo mais de trinta blogs, mas tem muitos que passo o olho muito rápido, então eu separei aqui alguns dos meus blogs favoritos:

 

Blog da Thassia: ele tem cada look lindo e está sempre viajando. É legal acompanhar suas postagens por causa dos looks e tendências que ela mostra.

 

Garotas Estúpidas: É a mais famosa e simpática das blogueiras. Eu gosto da maneira como ela escreve, sempre muito detalhista nas viagens além do mais ela parece ser super simples.

 

Borboletas na Carteira: o blog traz sempre novidades sobre maquiagem e cosméticos em geral, ela também posta os looks, mas o forte dela mesmo são os cosméticos.

 

Hugo Gloos: traz atualidades do mundo dos famosos em geral.

 

Blog da Mimis: Na linha dos blogs super saudáveis, eu destaco esse pois as receitas são bem práticas e originais.

 

Boa Leitura

Ganhei de uma amiga esse romance da Martha Arguell chamado Amores Perigosos.  Nunca havia lido nada dessa autora e fazendo uma rápida busca pela internet vi que seus livros são de literatura fantástica, ou seja, vampiros e afins. Gostei da ideia de ler uma historia sobre vampiros porém escrita por uma autora brasileira, pois os que já tinha lido era de autores estrangeiros. Esse romance na verdade é a continuação de outro romance: Relações de Sangue, mas mesmo assim é completamente possível entender essa história sem ter lido o primeiro livro.

A personagem principal é uma humana bem normal Maria Clara Blaugartem que se vê envolvida com vampiros no primeiro livro, nesse segundo ela mantem uma relação de amizade bem duvidosa com a vampira Lucila, esta também faz parte de outras historias dessa autora.

Posso dizer que a leitura foi bastante prazerosa, o romance conta com poucos momentos de luta e sangue e permanece mais tempo nos jogos de sedução entre vampiros e a personagem principal. É interessante ressaltar que nesse romance todos os vampiros tem aquele poder de sedução irresistível e os vampiros costumam dar algumas noites de prazer nunca antes experimentado pela vitimas antes de mata-las bebendo todo sangue.

A leitura é bem rápida, pois a linguagem é atual pois se passa nos dias atuais nas cidades de São Paulo e Florença, conseguiu me prender mais no meio para fim quando realmente começou uma aventura. Gostei também da mistura de personagem reais e fictícios, pois um dos vampiros da historia é o Albrecht Dürer um pintor renascentista e em vários momentos do romance há alusões sobre seus quadros relacionando com a história. É claro que eu fiquei com bastante vontade de ler o primeiro livro, até por que esse ultimo termina deixando no ar uma possível continuação, sendo assim recomendo a leitura.

 

Destaquei três trechos que me marcaram bastante durante a leitura:

 

 

 

Boa leitura

Estou um pouco distante do meu blog nessas últimas semanas pois estou com tantos compromissos que eles estão invadindo até o meu final de semana, por isso não estou conseguindo publicar nada novo por aqui. Porém estou cheias de ideias só esperando o tempinho sobrar pra publica-las aqui, em quanto isso não acontece, compartilho uma crônica pra reflexão. Eu adoro ler crônicas e essa em especial me identiquei bastante.

Espero que gostem.

Boa Leitura!

Meu filho, você não merece nada

A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada
 
Eliane Brum
 

Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.


Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.


Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.


Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?


Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.


Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.


Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.


Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.


Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.


Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.


Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.


O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.


Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.


Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.


Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.


Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

 

 

 

Boa leitura

Drácula O Morto-Vivo - A sequencia do Clássico de Bram Stoker escrita pelo seu próprio sobrinho-bisneto (não tem spoiler)

Desde muito pequena sempre gostei de historias de vampiros, me lembro bem da novela Vamp escrita por Antônio Calmon, eu devia ter uns 10 anos e me apaixonei pela Natasha, personagem de Claudia Ohana , uma vampira boazinha e dançarina. Naquele ano passei o carnaval vestida de vampira, em uma fantasia feita pela minha mãe, uma versão infantil da roupa da Natasha.

Eu cresci e continuei com a paixão pelas histórias de vampiros, adolescente foi então que conheci o seriado americano “Buffy, a Caça vampiros” a personagem de Sara Michele Geller vivia uma junção de problemas adolescentes com o árduo dever de matar vampiros, claro que foi identificação imediata. Sabia as falas dela, chorava com seus problemas e claro amava o Angel vampiro bonzinho pelo qual ela era apaixonada e vivia um amor proibido.

Acompanhei a serie até quarta temporada, depois disso parei de ver por que faltou tempo para acompanhar e, além disso, acredito que uma serie com muitos anos no ar acaba por perder um pouco a criatividade, “Buffy, a Caça vampiros” ficou no ar até a sétima temporada! Mas confesso que até hoje vejo umas cenas no You Tube e ainda vou comprar o Box com todas as temporadas.

Cresci de novo e foi aí que comecei a procurar outras histórias de vampiros, agora na leitura, pois até então só havia visto filmes, novelas e series. Resolvi começar com Anne Rice, especialista em romances vampirescos, li Victorio o Vampiro, Vitorio um menino comum que se apaixona por uma exuberante e linda vampira que o transforma em vampiro para viverem eternamente a paixão. Gostei mas nada me surpreendeu.

Logo em seguida surgiu aqui no Brasil o Crepúsculo e deixando as críticas de lado fui assistir ao filme, afinal toda história de vampiro me interessa. Não li o livro, quem leu disse ser muito melhor o livro que o filme. Acredito. Afinal os atores do filme não ajudam muito você a gostar do filme, mas posso dizer que uma das melhores partes do filme, senão a única, é a batalha final, sou fã de vampiros e goste de ver o lado sombrio deles que só é mostrado mesmo no último filme. Porém, na saga toda mais uma vez é abordado o mesmo perfil de vampiro, ou seja, um vampiro bom que não mata humanos e se apaixona por uma mortal.

Hoje formada em letras tenho uma visão mais crítica e madura dessas histórias. É fácil de perceber que todas essas histórias de vampiros têm algo em comum, há sempre um vampiro bom que se apaixona por uma mortal. Vampiros e histórias de amor estão sempre ligados e eu estava meio cansada disso, pois sempre me perguntava por que não criavam algo original com relação aos vampiros.

Algumas pessoas já haviam me perguntado como uma fã de vampiros ainda não tinha lido o clássico de Bram Stoker e eu não sei o porquê. Mas recentemente estava na banca de jornal quando me deparei com o título “Drácula O Morto-Vivo - A sequencia do Clássico de Bram Stoker escrita pelo seu próprio sobrinho-bisneto” Não tive dúvidas e comprei.

Uma palavra que define esse livro? Maravilhoso. Amei do começo ao fim. Recheada de mistério, sangue, aventura, morte, sensualidade e amor! No romance há amor, mas não é só isso que permeia a história. É a partir da vida fracassada dos personagens sobreviventes do romance original vinte e cinco anos depois que se dá inicio o romance e a aventura após eles perceberem indicios de que o príncipe das trevas pode não estar morto, tudo isso ainda permeado de fatos históricos verdadeiros.

Como leitora e fã me identifiquei com os autores Dacre Stoker e Ian Holt, dois fãs de Drácula que ao final do romance dedicaram algumas paginas a contar como eles se conheceram e como conseguiram escrever a continuação sendo fiel a história original de Bram Stoker. Através deles e de suas pesquisas repensei o mito do vampiro e descobri que há uma sociedade de pesquisadores e fãs do mistério de Drácula.

Por isso após a leitura de “Drácula O Morto-Vivo” pude conhecer o Drácula original (pois há outras versões dele) e também perceber que todas essas histórias de vampiros são ramificações de Drácula, afinal o Drácula de Bram Stoker escrito em 1897  e o  de seu sobrinho-neto escrito em 2009 era um vampiro sedutor acima de tudo. Acredito assim que seja daí que tenha surgido a temática atual dessa febre de história de vampiros.

Ainda teria muita coisa a escrever sobre esse livro que me fascinou, porém vou ser mais sucinta, eu recomendo a leitura de “Drácula O Morto-Vivo” para aqueles que assim como eu, estão cansados das mesmices das histórias muito românticas de vampiros e que gostam de ver o vampiro sendo vampiro em sua totalidade. E eu, assim que encontrar numa livraria o clássico de Bram Stoker, lerei com muito mais empolgação agora que conheci sua verdadeira história.